terça-feira, 8 de setembro de 2009

Regimento da Confecom Nacional

O governo federal, por meio do Ministério das Comunicações, publicou no Diário Oficial da União de 3 de setembro de 2009, o Regimento Interno da 1ª Conferência Nacional de Comunicação Social.
Principais resoluções do regimento:

1. A Confecom-Nacional será realizada entre os dias 1 e 3 de dezembro, em Brasília. O tema será: Comunicação: meios para construção de direitos e cidadania na era digital.

2.As Conferências Municipais, Intermunicipais, Livres ou Virtuais serão consideradas preparatórias. Somente a Conferência Estadual elegerá delegados.

3.A Comissão organizadora da Confecom-Nacional será dividida em três subcomissões: infraestrutura e logística; metodologia e sistematização e divulgação;

4.Os relatórios aprovados nas Conferências Preparatórias deverão ser enviados à Comissão Organizadora dos respectivos Estados até 15 dias antes da realização da Conferência Estadual;

6. Os Estados terão prazo até 8 de novembro para realizar as Conferências.

Para mais informações, vamos seguir a dica de nosso amigo Diogo Moyses do Coletivo Intervozes. Acessem:www.direitoacomunicacao.org.br

A mulher da página 194

Este texto foi encaminhado por Mara Vidal.

Na esteira das discussões sobre Mulher e Mídia acredito que esta imagem e o conteúdo deste texto nos levam a uma boa reflexão.


Ela é loira e linda. Tem 20 anos. Modelo profissional. Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos. A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio. Uma mulher com um corpo real.

Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem. No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.

A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante. É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.

Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária. Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas. E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável. É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.

Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.
>> Que reação a foto causou em você? Repúdio ou alívio?


Martha Medeiros

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