terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Semana da Mulher discutirá mídia

Debate sobre Mulher e Mídia será dia 9 de março

A abordagem distorcida da mulher pela  mídia será tema de debate da 6ª Semana da Mulher de Suzano. A atividade será no dia 9 de março, às 19h, no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi, e terá como palestrante Rachel Moreno, uma das coordenadoras da 1ª Conferência Estadual do Estado de São Paulo, e integrante do Observatório da Mulher.
O assunto também permeiou as discussões na 1ª Confecom (Conferência Municipal de Comunicação Social) em Suzano e gerou uma série de atividades de mobilização em entidades que tratam da questão da mulher ou atuam com grupos femininos no município.
A Semana da Mulher em Suzano, que segue de 8 a 12 de março, comemora os 100 anos de luta pela igualdade de direitos e da instituição do Dia Internacional da Mulher. A abertura oficial será na segunda-feira (8/3), às 8h, no auditório da Secretaria de Defesa Social e Prevenção à Violência. Na sexta-feira (12/3), a Semana se encerra com a Marcha Lilás pelas ruas da cidade.
Participe e divulgue.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Cobertura da banda larga obedece critérios de renda

Mariana Martins - Observatório do Direito à Comunicação
04.02.2010

Está na reta final, com anúncio previsto pelo Palácio do Planalto para o próximo dia 10, a formulação do Plano Nacional de Banda Larga. A política que será adotada para ampliar o acesso à internet no Brasil, com a pretensão de reverter o quadro de baixa penetração das conexões rápidas no território, vem sendo alvo de disputa entre a sociedade civil e as empresas prestadoras de serviço de telecomunicações.O interesse do governo federal em dar início a uma ação de peso para expandir o acesso à banda larga e fazê-lo de forma rápida mistura elementos de um ano eleitoral com o fato de que aumenta a cobrança para que o Estado garanta o provimento do serviço a sua população. No Brasil, resolução da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro de 2009, coloca o acesso em velocidade rápida à internet como direito fundamental dos cidadãos brasileiros. A aprovação desta proposta corrobora o fato de que a banda larga ganha, em todo o mundo, o status de “direito do novo século”. Contudo, não se sabe ainda de que instrumentos o governo federal lançará mão no Plano Nacional de Banda Larga e se estes darão conta de uma verdadeira inclusão digital, inclusive e prioritariamente nas áreas até agora pouco ou nada assistidas.Até hoje, a política de acesso à banda larga no Brasil esteve baseada na prestação do serviço por empresas privadas, com uma pequena participação de governos locais em experiências que ainda podem ser consideradas piloto. Esta escolha deixou pra trás uma parcela significativa população, fazendo um claro recorte de acordo com o perfil de renda das famílias. Ao se deixar a distribuição do serviço a mercê, exclusivamente, das regras de mercado, regiões já marcadas pela ausência de políticas de toda ordem permanecem como grandes clarões nos mapas da cobertura deste serviço.Diferente da telefonia fixa, o serviço de acesso à internet em banda larga não é prestado em regime público e sim em regime privado. Neste segundo, as regras são mais flexíveis, não há controle sobre as tarifas cobradas pela prestação do serviço, tampouco a obrigação, por parte da prestadora, de atender a lugares mais longínquos ou que não representam interesse econômico para a empresa. Por não estar no regime público, a União, por sua vez, tem menor controle sobre a qualidade do serviço e não pode cobrar o atendimento à população de baixa renda. O resultado é a desigualdade de acesso às novas tecnologias. Uma parcela grande da população brasileira não pode pagar pelo serviço, que fica mais caro quando chega – geralmente sem concorrência – a localidades mais pobres.Em artigo recentemente publicado na Folha de S. Paulo, Lisa Gunn e Estela Guerrini, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), defendem que a banda larga seja incluída no rol dos serviços prestados em regime público, pois isso garantiria a universalização do serviço como aconteceu com a telefonia fixa. Defendem ainda que a classificação em regime público ou privado não é jurídica, mas política e que o governo pode fazê-la a qualquer momento.
“Cada vez mais, a banda larga, que é prestada em regime privado, aparece, ao lado da telefonia fixa, como um serviço também fundamental para todos”, diz o artigo. As autoras ainda registram que o próprio governo já reconhece a essencialidade do serviço ao discutir o Plano Nacional de Banda Larga, a banda larga nas escolas e outros projetos.Diagnóstico Mesmo em clara ascensão, o acesso à banda larga não Brasil não atinge por igual as cinco regiões do país e sua população. Segundo dados da pesquisa TIC Domicílios Brasil 2008 realizada pelo Centro de Estudos sobre TICs (CETIC.Br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 15% dos domicílios com acesso a internet no país tem conexões com velocidade superior a 1 megabyte por segundo (Mbps). No Nordeste, esta proporção é de 5% e no Norte, de 6%. O Atlas Brasileiro de Telecomunicações, publicado anualmente pela revista TeleTime, mostra exatamente a distorção do crescimento. De acordo com o estudo, a expansão da banda larga levou a um aumento na penetração média dos serviços de banda larga fixa no país de 6,06 para 8,43 acessos por cem habitantes. Mas, seguindo a regra da própria concentração econômica, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram os aumentos mais expressivos.O maior crescimento regional, ainda segundo a revista, foi no Sudeste, que saltou de 8,5 para 12,1 acessos por cem habitantes. A região Sul passou de 8,0 para 11,7 e o Centro-Oeste apresentou salto de 7,21 para 10,06 acessos por grupo de cem habitantes. A pesquisa mostra ainda que o Sudeste continua concentrando a maior parte dos assinantes do país: 61%, contra 20% da região Sul, 9% no Centro-Oeste, 8% no Nordeste e apenas 2% na região Norte. Ou seja, dez estados concentram 90% do acesso enquanto os demais dezesseis estados amargam os míseros 10%.Outro tipo de concentração, desta vez por classe social, é visível no acesso à banda larga. O documento, Alternativas de Políticas Públicas para Banda Larga, que acaba de ser publicado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados, conclui que o serviço está concentrado nas classes A e B. Os dados revelam ainda que, de 2000 a 2009, o número de assinantes de banda larga fixa no país passou de 123 mil para 12 milhões. Contudo, o ritmo de expansão dos acessos vem caindo desde 2004. “A tendência é que o número de usuários se estabilize, no final de 2014, em menos de 20 milhões”, diz o documento. Essa média, segundo outro documento – O Brasil em Alta Velocidade, lançado pelo Ministério das Comunicações –, é muito inferior a que está sendo projetada por países como Argentina, Chile, China, México e Turquia, que têm situação semelhantes a do Brasil. O documento da Câmara dos Deputados fala ainda da banda larga móvel, que é prestada via telefone celular. Estima-se que existam hoje 4,2 milhões de acessos 3G no Brasil. Contudo, considerando o tamanho do Brasil, segundo o estudo, esse número ainda é pequeno. Os serviços ainda não chegam em praticamente 90% dos domicílios e aproximadamente 40% dos acessos em banda larga móvel estão no estado de São Paulo. Estes números são também confirmados pela pesquisa da empresa Huawei, publicado pela revista TeleTime na edição de dezembro de 2009. Segundo a pesquisa, a média mundial de banda larga fixa para cada 100 mil habitantes é de 7,1. No Brasil, esse número cai para 6,1. Com relação ao serviço móvel, a média mundial é de 9,5 por 100 mil habitantes e, no Brasil, apenas 3,1.Preços e qualidadePara além dos péssimos índices de penetração, o Brasil também apresenta uma péssima qualidade na prestação do serviço. A velocidade da banda larga brasileira ainda é muito inferior à praticada em países da Europa, nos Estados Unidos ou Japão, por exemplo, e o preço é proporcionalmente muito maior. O documento da Câmara dos Deputados diz que 90% das conexões no Brasil são realizadas em faixas inferiores a 1 Mbps. Pelos indicadores usados nos países desenvolvidos, banda larga é o acesso feito com velocidade mínima de 2 Mbps.Quanto aos preços, o mesmo documento revela que a banda larga no Brasil é uma das mais caras do mundo. Considerando as limitações de renda da população, um patamar de preço de R$ 50 (inferior ao menor valor praticado no mercado) já exclui 65% dos brasileiros do acesso à banda larga. Para que 54% pudessem ser incluídos, os preços da conexão teriam de partir de R$ 30, conclui o estudo.Os altos preços praticados no Brasil se explicam porque, para além da dificuldade do Estado incidir nas políticas de preço ao consumidor, a concentração da prestação dos serviços nas mãos de pouquíssimas empresas leva à ausência de concorrência em algumas localidades.A publicação O Brasil em Alta Velocidade, do Ministério das Comunicações, divide sua análise sobre o alcance da banda larga em três categorias: municípios maiores, em que há competição entre redes e plataformas de serviço; municípios menores, em que as redes estão chegando por meio do estabelecimento de metas de universalização; e áreas remotas e de fronteira, cujo atendimento só se viabiliza por meio de programas públicos. Esta escolha metodológica aponta para a urgência tanto da execução de um plano que estenda a infraestrutura de acesso pelo país, como também a criação de mecanismos que possam garantir que empresas prestadoras cumpram metas de universalização e que seja estimulada a concorrência de mercado.Dados da JP Morgan, publicados pela revista TeleTime de dezembro de 2009 mostram que o preço da internet cai muito quando há concorrência de outras prestadoras. O preço médio cobrado pelas concessionárias para uma banda larga de velocidade de 1 a 2 Mb é de R$118,00 onde não há concorrência estabelecida. Geralmente este serviço é prestado pela Oi/Velox ou pela Telefônica, sendo a primeira responsável por 38% do mercado e a segunda por 24%. O valor cobrado pelos planos de 1 a 2 Mb cai para R$ 60,00 quando há a presença de concorrência da Net e da GVT. Quando há apenas a concorrência da GVT, o preço fica em R$ 64 e quando há presença apenas da Net o preço é de R$ 72. Outra constatação do estudo Brasil em Alta Velocidade e que também esteve presente na pesquisa TIC Domicílios Brasil 2008 é que o preço ainda é um dos principais impeditivos para a expansão do serviço por todo o país. Na pesquisa do CGI.br, 54% dos entrevistados apontaram o custo elevado como razão para não ter internet em casa. Entre os usuários que já tem o domicílio conectado, 26% disseram que o preço é o principal fator para não aumentarem a velocidade da sua conexão.Reduzir o preço do acesso à internet em banda larga para o consumidor final parece ser um dos principais desafios de futuras políticas governamentais. Ao mesmo tempo, para que seja possível a verdadeira universalização da internet em alta velocidade, é preciso garantir que o serviço chegue a regiões até agora classificadas como de difícil acesso e pouco apelo econômico pelas prestadoras privadas.

Conselho de Comunicação é pauta unânime entre organizações



Jacson Segundo - Observatório do Direito à Comunicação
09.02.2010

Apesar de o debate sobre os melhores caminhos a trilhar neste momento pós 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) ainda estar em aberto, algumas avaliações feitas por representantes do segmento da sociedade civil indicam que já há um certo grau de convergência em relação aos próximos passos a serem dados. Um deles é praticamente uma unanimidade: dar prioridade à implantação da resolução que prevê a criação do Conselho Nacional de Comunicação como um instrumento de participação social na definição de políticas públicas para a área. Além disso, há consenso sobre a importância de dar continuidade à mobilização gerada no período da Conferência para fortalecer o movimento pelo direito à comunicação e fazer pressão para que as resoluções não virem letra morta. A avaliação, corroborada por todos os representantes do segmento consultados pelo Observatório do Direito à Comunicação, é que a instituição do Conselho Nacional seria fundamental neste momento porque, em primeiro lugar, não seria uma medida complexa. Com um pequeno esforço do Executivo e do Congresso, ele poderia ser criado ainda antes do início do período eleitoral. Somado a isso, esse órgão poderia funcionar como local privilegiado para impulsionar a realização de todas as outras deliberações que foram aprovadas na Conferência (são 665 no total). Até o consultor jurídico do Ministério das Comunicações e principal articulador do governo na Confecom, Marcelo Bechara, sinalizou com a importância de manter os segmentos em permanente diálogo, por meio da criação do Conselho. Os membros do Congresso e do governo também não teriam, em princípio, muitos motivos para não implementar a proposta, já que ela contou com a adesão unânime de todos os delegados presentes na Confecom. O texto da resolução diz que, além do Conselho Nacional, devem ser criados conselhos municipais, estaduais e distrital, como instâncias de formulação, deliberação e monitoramento de políticas de comunicações no país. Eles devem ter a participação do poder público, dos empresários e da sociedade civil. Entre outras atribuições, eles podem convocar audiências e consultas públicas sobre temas diversos, incluindo a concessão ou renovação de outorgas de serviços de comunicação, e indicar a realização de conferências de comunicação. Este novo órgão não se confunde com o Conselho de Comunicação Social, criado pela Constituição de 1988. Este último demorou onze anos para ser implementado, funcionou por quatro anos e, desde 2006, não está mais ativo. Sua reativação também foi aprovada na Confecom, porém, ele não é considerado tão prioritário como o Conselho Nacional de Comunicação. No entanto, na análise dos representantes da sociedade civil, nem essa proposta nem as demais vão virar realidade se não houver pressão social para isso. “Foram quase setecentas propostas aprovadas e sem uma agenda comum será complicado avançar. Para exigir qualquer resolução o movimento precisa estar organizado, pressionando”, acredita Carolina Ribeiro, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Espaços de articulaçãoUma das maneiras de se construir uma agenda comum entre os movimentos seria com a realização de fóruns com este fim. É o que defende a jornalista do Portal Vermelho, Renata Mielli, membro da Comissão Paulista Pró-Conferência e uma das delegadas do estado à etapa nacional. “O principal agora é manter a articulação. Se os movimentos que se organizaram forem tomando decisões isoladas, isso é ruim. Precisa ter uma atuação conjunta. É preciso, nos estados e em nível nacional, constituir comissões, como foram as pró-conferência, que foram um local de articulação. Não sei se é preciso manter a mesma estrutura [das comissões pró-conferência], mas algum espaço de discussão dos movimentos precisa continuar”, opina.É o que já vem ocorrendo em alguns estados, como o Rio de Janeiro. O jornalista e membro da Comissão Estadual Pró-Confecom Álvaro Britto explica que a ideia do movimento local em relação às propostas aprovadas na Conferência é definir prioridades gerais, sem prejuízo daquelas que são específicas das organizações. “Provavelmente em março, o Rio realizará um grande encontro com os delegados e observadores que foram à etapa nacional e outros militantes da democratização da comunicação para definir essas prioridades. Até lá, estamos estimulando a reorganização das regionais - o Sul Fluminense, por exemplo, se reunirá no dia 27 deste mês - e realizando o debate de avaliação”, informa Britto. A forma que a sociedade civil deve adotar para continuar trabalhando conjuntamente, porém, ainda não está muito desenvolvida. Para alguns, é importante, por exemplo, manter a continuidade das comissões pró-conferência. Tanto em nível nacional quanto estadual. Para a representante do Conselho Federal de Psicologia na coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Roseli Goffman, essa não seria a saída adequada no momento. “Existem diferenças dentro do movimento social, mas são de forma e não de conteúdo. A CNPC (Comissão Nacional Pró-Conferência) teve sua função. Agora a pauta é união. Negociar as pautas possíveis, fazer pautas conjuntas”, disse ela. “Temos que promover eventos estaduais e nacionais, desenvolver parcerias. Dar oportunidade para a voz popular não se separar, dando oportunidade para que as pessoas falem e ouvir as novas ideias”, disse Roseli, que também acredita que o momento eleitoral será importante, pois “nenhum candidato poderá negar o processo [da Conferência], que envolveu tanta gente”. Segundo ela, o FNDC já está preparando um evento nacional – ainda sem data – para discutir o cenário pós Confecom.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Outdoor mostra Bóris Casoy ofendendo garis

Boris Casoy foi parar na rua







São Luís MA, 09.02.2010

http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-2--28-20100108

08/01/2010 -- 15h45

Boris Casoy é processado após ofender garis na TV

O jornalista terá que responder uma ação de reparação civil em nome dos dois garis, outra por danos morais junto com a Band e por crime de preconceito


O Sindicato dos Trabalhadores de Empresa de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes (Fenascom) entraram com três ações contra o jornalista Boris Casoy, sendo uma delas criminal. Em duas ações, a Band também é citada.

Contra jornalista e emissora, as entidades ingressaram com ações de reparação civil em nome dos dois garis, Francisco Gabriel e José Domingos de Melo, que após desejarem feliz ano novo ao final de uma reportagem, motivaram a declaração de Boris.

A outra ação contra a empresa e o jornalista é de indenização por danos morais em favor de toda a categoria. A terceira ação, essa somente contra o apresentador, é por crime de preconceito. O valor do ressarcimento não foi estipulado pelo advogado, que deixou a decisão ao juiz que analisará o caso.

Jornalista comete gafe ao vivo e humilha garis

"A Fenascom já entrou com uma ação de indenização em prol dos mais de 350 mil trabalhadores que foram ofendidos. Agora vamos propor a ação criminal e de reparação civil aos dois garis", explicou Francisco Larocca, advogado que cuida do caso.

No dia 31 de dezembro, em um vazamento de áudio durante o jornal, Boris disse que os garis apresentados em uma reportagem estavam "no mais baixo na escala de trabalho". No dia seguinte o apresentador pediu desculpas ao vivo, mas o caso ganhou repercussão nacional.

Sobre a declaração do jornalista, Larocca diz que nunca viu um fato parecido. "De uma pessoa renomada e conhecida no meio jornalístico, é a primeira vez que vejo. Essa classe é bem reconhecida pela sociedade pelo serviço que presta, por isso nunca vimos uma ofensa assim", declarou.

Redação Bonde

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Erundina dará atenção especial à Comunicação

Mandato de Erundina dará atenção especial às propostas da Confecom

Reforma política, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e regulamentação do marco legal do sistema de comunicação social no País serão alguns dos destaques na pauta do mandato da Deputada Federal Luiza Erundina neste ano de 2010.


“A reforma política terá de ser encarada de uma vez por todas, como também as 40 horas semanais, uma demanda justa dos trabalhadores, aprovando-se PEC de 1995, e a regulamentação do marco legal do sistema de comunicação social no País”, afirmou Luiza Erundina em seu pronunciamento na abertura dos trabalhos da Câmara dos Deputados este ano.

Além disso, o mandato deve dar atenção especial ao acompanhamento das propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada no final do ano de 2009, e que aprovou mais de 600 resoluções voltadas para a implementação de políticas de comunicação social no País.“Resta a responsabilidade do Congresso no sentido de transformar as propostas aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação em iniciativas de lei”, disse a deputada.

Para Erundina, agora depende apenas da vontade e da determinação do Congresso Nacional, Câmara e Senado, o Brasil se colocar de fato em um patamar à altura das inovações tecnológicas e do avanço do sistema de comunicação social. “O sistema de comunicação social no Brasil se ressente da falta de um marco legal adequado para que essa modernização de fato se traduza em acesso universal, em democratização das comunicações sociais no País”, conclui a deputada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Inscrições abertas: curso gratuito de twitter para jornalistas

de martins
Do Portal Imprensa

Dia 11 (quinta-feira): curso de twitter gratuito para jornalistas

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realiza, no dia 11 de fevereiro deste ano, das 8h30 às 11h50, o primeiro curso gratuito do ano para jornalistas com foco no uso do Twitter. A idéia da ação é suscitar um debate de como a ferramenta pode auxiliar na cobertura instantânea de fatos jornalísticos.

“O Twitter pode ser mais uma ferramenta para os jornalistas que se preocupam com a cobertura dos fatos em tempo real”, destaca Sandra Turchi, superitendente de marketing da instituição.

O curso, exclusivo aos jornalistas, abordará o conceito e os casos de sucesso da rede de microblogs. O evento será na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) – Rua Boa Vista, 51 – 11º andar – auditório. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelos e-mails gugirotto@tamer.com.br e elisa@tamer.com.br ou pelo telefone (11) 3031-2388 enviando nome, cargo e telefone.

O objetivo da ACSP é debater com os jornalistas os temas que estejam em evidência, com especialista da própria instituição e do mercado. “A ACSP já realizou outros eventos para a imprensa e continuará investindo nessa dinâmica de total interatividade”, finaliza Sandra.

INSTITUTO ALANA INICIA INSCRIÇÕES PARA O 3º FÓRUM INTERNACIONAL CRIANÇA E CONSUMO

enviado por Leonardo Ferreira
Fórum debaterá criança e consumo


O cientista político Benjamin Barber e a psicóloga de Harvard Susan Linn estão confirmados para o evento,
que vai debater consumismo e sustentabilidade


O Instituto Alana inicia as inscrições para o 3º Fórum Internacional Criança e Consumo pelo site www.forumcec.org.br. Com vagas limitadas, o evento é gratuito e será realizado de 16 a 18 de março, no Itaú Cultural, em São Paulo.

O 3º Fórum vai debater consumo e sustentabilidade das relações econômicas, sociais e ambientais. O evento será divido em três mesas de debate - Honrar a infância, Refletir o Consumo e Brincar - e já tem a presença confirmada dos convidados internacionais Benjamin Barber, autor de "Consumido - Como o Mercado Corrompe Crianças, Infantiliza Adultos e Engole Cidadãos" (Record), e Susan Linn, autora do livro "Crianças do consumo, a infância roubada" (Instituto Alana).

Os palestrantes nacionais também estão confirmados. No primeiro dia, falam a historiadora Mary Del Priore e Guilherme Canela, coordenador de Comunicação e Informação da Representação da Unesco no Brasil. No segundo dia, a professora da FGV e autora do livro "O Nome da Marca" Isleide Fontenelle media a mesa do cientista político Benjamin Barber com o escritor Frei Betto e o diretor executivo do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado. No último dia, compõem a mesa a educadora Maria Amélia Pereira e Maria de Salete Silva, oficial de Projetos de Educação da Unicef, ao lado de Susan Linn com a mediação de Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria.

As inscrições podem ser feitas para cada dia do encontro ou para o evento completo pelo site www.forumcec.org.br .



Serviço:
3º Fórum Internacional Criança e Consumo
De 16 a 18 de março, às 18h.
No Itaú Cultural - Av. Paulista, 149 - São Paulo







Credenciamento de imprensa:



2PRÓ Comunicação



Myrian Vallone - myrian.vallone@2pro.com.br



Júlia Magalhães - julia.magalhaes@2pro.com.br



Marcela Lage - marcela.lage@2pro.com.br



Juliana Melo - juliana.melo@2pro.com.br



Tels.: (11) 3030.9460 ou 3030.9462 ou 3030.9437

Cursos de Difusão Cultural

postado por Leonardo Ferreira
* Jornalismo e Políticas Públicas Sociais
Responsável: Prof. Dr. José Coelho Sobrinho.
Carga Horária: 36 h/a - presencial.
Período: 01 de março a 21 de junho de 2010, às segundas-feiras, das 10h às 12h.

Objetivos:
- Consolidar a cultura dos profissionais atuais e futuros e dos meios em torno da promoção e defesa dos direitos que permitem a inclusão saudável de menores na sociedade;
- Contribuir para a inclusão da comunicação como elemento estratégico da atuação das instituições da área das crianças e dos adolescentes e oferecer estratégias para que a sociedade agende os direitos dos menores como condição básica da formação de cidadãos.

Curso Gratuito.
Vagas Oferecidas: 100 vagas.
Inscrições: 01 a 12 de fevereiro de 2010, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h, por ordem de chegada até o limite máximo de vagas.





Documentos para inscrição: Comprovar matrícula em curso superior ou apresentar documento que comprove ser formado no terceiro grau, RG, CIC (cópia de todos os documentos) e preenchimento de Ficha de Inscrição.

Público Alvo: graduados e graduandos em Jornalismo e demais áreas de Ciências Humanas.

Informações adicionais: https://sistemas.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=270400184&id_periodo=&id_modalidade=4.



Local: Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues 443, prédio 1, Cidade Universitária.

Contato: 3091-4058, com Paulo ou Tânia - pcbontempi@usp.br.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Processo seletivo arte-educadores

Enviado por Márcio Candido

Processo Seletivo
PROCESSO SELETIVO 24/RH/029/02/010 - ARTE-EDUCADORES
PARA OS CENTROS FÁBRICAS DE CULTURA - PROGRAMA FÁBRICAS DE
CULTURA

A ASSOCIAÇÃO AMIGOS DAS OFICINAS CULTURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
informa que no período de 02 a 12 de fevereiro de 2010 receberá CURRÍCULOS para
preenchimento de vagas no PROGRAMA FÁBRICAS DE CULTURA, conforme abaixo:
ARTE-EDUCADORES para os Centros Fábricas de Cultura, com as seguintes
atribuições:
- Ministrar cursos, oficinas e outras atividades de formação;
- Atuar nas atividades garantindo tanto o espaço de sociabilidade como o aprendizado e o
domínio de técnicas específicas das diferentes áreas de expressão artístico-culturais;
- Aprimorar o desenvolvimento motor, cognitivo e cultural do participante;
- Garantir, nas atividades, o espaço de sociabilidade, a ampliação do repertório cultural e a promoção de valores positivos;
- Participar efetivamente dos processos internos de formação continuada para arte-educadores;
- Atentar-se aos comportamentos e atitudes dos participantes, que possam ser indicativos de atendimento e orientação especial;
- Acompanhar suas turmas nas atividades paralelas ou especiais;
- Registrar freqüência dos participantes;
- Participar de reuniões solicitadas pela Coordenação Pedagógica do CFC ou do Programa;
-Gerar relatórios solicitados pela Coordenação Pedagógica;
- Apoiar todas as atribuições acima (para o arte-educador assistente).
1. Informações gerais:
Carga Horária: 40 horas semanais
Regime de Trabalho: CLT
Benefícios
Observação: as vagas para início imediato são para o Centro Fábricas de
Cultura de Vila Nova Cachoeirinha (Zona Norte).
Faixas Salariais:
-Arte-educador: de R$3.000,00 a R$4.000,00

-Arte-educador assistente de circo: de R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00
-Arte-educador assistente do Projeto Histórias e Brincadeiras: de R$ 1.800,00 a R$ 2.500,00
Os currículos, necessariamente contendo número de telefone e endereço residencial dos candidatos, deverão ser enviados, no período de 02 a 12 de fevereiro, para o e-mail: selecao.fabricas@assaoc.org.br
O campo assunto deverá ser preenchido com o nome da função pretendida pelo candidato.

2. Pré-requisitos gerais para os educadores:
- Experiência mínima de dois anos de trabalho como educador de sua linguagem artística em programas de inclusão social pela via da arte, voltados a crianças e jovens;
- Experiência mínima de três anos em trabalhos artísticos profissionais (para educadores das artes do espetáculo);
- Habilidade para a condução de processos pedagógicos com crianças e jovens;
- Habilidade para o planejamento de atividades pedagógicas na sua especialidade;
- Capacidade de liderança;
- Habilidade para a escuta do jovem/criança e do grupo de jovens/crianças;
- Capacidade para articular conhecimentos gerais da área cultural;
- Bom conhecimento da língua portuguesa;
- Noções básicas de informática.

Também será levado em consideração:
- Possuir conhecimentos de outra linguagem artística além de sua linguagem de formação (música, circo, teatro, dança, artes visuais, audiovisual e literatura)

3. Categorias, vagas e pré-requisitos específicos:
3.1. ARTE-EDUCADOR - LITERATURA
01 vaga para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.
Especificações: Possuir formação superior em humanidades, preferencialmente em Letras; ter no mínimo
dois anos de experiência no ensino de leitura, escrita e formação de leitores; possuir conhecimentos de informática e ferramentas de pesquisa na WEB; excelente domínio da língua portuguesa e gosto pela literatura.

3.2. ARTE-EDUCADOR - TEATRO
02 vagas para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.Especificações: Possuir :ensino superior completo e/ou formação específica na linguagem teatral;
habilidade de condução de processos pedagógicos com ênfase:
- no trabalho
corporal (Profissional 1);
- em encenação e apropriação/criação de texto
(Profissional 2).

3.3. ARTE-EDUCADOR - MÚSICA
02 vagas para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.

Especificações: Possuir :ensino superior completo e/ou formação específica em música; habilidade de
condução de processos pedagógicos com ênfase:-
na regência de canto coral e musicalização (Profissional 1);
- no ensino coletivo de percussão e
musicalização (Profissional 2).

3.4. ARTE-EDUCADOR - DANÇA
02 vagas para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.

Especificações:
Possuir ensino superior completo e/ou formação específica na linguagem da dança, com conhecimento e domínio musical básico; habilidade de condução de processos pedagógicos com ênfase:

- em Laban, clássico e contemporâneo (Profissional

1);- em danças brasileiras, percussão corporal e capoeira (Profissional 2).

3.5. ARTE-EDUCADOR - CIRCO
03 vagas para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.

Especificações:
Possuir formação específica na linguagem circense em uma das áreas abaixo:
Profissional 1 - Acrobacia de solo e Cama Elástica: Larga experiência em
salto e cama elástica; experiência em estatuário e adágio;
Profissional 2 -
Acrobacia aérea e Contorcionismo: Larga experiência em trapézio, corda lisa,
tecido e lira; experiência em corda indiana; larga experiência em contorcionismo
circense e Yoga;
Profissional 3 - Malabares e Equilibrismo: Larga experiência
em bola, clave e swing; experiência em fita, bola de contato e manipulação de
objetos em geral; larga experiência em arame; experiência em perna-de-pau, monociclo e rola-rola

3.6. ARTE-EDUCADOR ASSISTENTE - CIRCO
02 vagas para início imediato e lista de profissionais cadastrados para início posterior.

Especificações:
Possuir experiência continuada, de no mínimo 2 anos, em prática circense;
possuir interesse na área da arte-educação de crianças e jovens.

3.7. ARTE-EDUCADOR ASSISTENTE - PROJETO HISTÓRIAS E BRINCADEIRAS
01 vaga para início imediato.

Especificações:
Possuir ensino superior completo;
experiência de 2 a 3 anos comprovada no ensino das seguintes artes: artes do corpo, música, artes cênicas, dança ou circo; experiência de 2 a 3 anos em

projetos de inserção social pela via da arte e da cultura; experiência no desenvolvimento de atividades pela via da cultura e da arte com portadores de necessidades especiais; conhecimento das características da faixa etária entre 7 e 19 anos; bom conhecimento de português e literatura.

4. Processo Seletivo:
Pré-seleção: a primeira etapa de seleção será realizada por análise dos currículos;

Seleção: os candidatos pré-selecionados pela análise dos currículos serão convocados para cumprir os passos seguintes do processo de seleção: apresentação de um plano de atividade a partir de elementos fornecidos pelo Programa Fábricas de Cultura; entrevista; atividade formativa; comprovação
do currículo.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Escola do MST em Guararema comemora seis anos

por Leonardo Ferreira

Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) comemora seus cinco anos no dia 6 de fevereiro de 2010. Está programado um seminário, a partir das 9h, com o tema O papel da formação política e ideológica no atual momento histórico: desafios possibilidades. Os convidados para o debate sãoAdemar Bogo, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Isabem Monal, representante de Cuba; e Luiz Carlos de Freitas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Durante a tarde haverá confraternização e apresentações culturais.


O endereço da ENFF é Rua José Francisco Raposo, 1140, Parateí, Guararema (SP). Os interessados devem confirmar a presença pelo telefone (11) 4062 1215 – ramal 26, ou pelo e-mail secgeral@enff.org.br.

A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) foi inaugurada em janeiro de 2005. Idealizada pelo MST, tem como objetivo principal democratizar a educação e formar militantes não apenas do MST, mas de outros movimentos sociais rurais e urbanos. São ministrados cursos em diversas áreas, com o objetivo de estimular a capacidade crítica e a aplicação prática, na comunidade rural, do que se aprendeu na escola.

Inscrições abertas para o curso Investigando o Gasto Público

do Manual dos Focas de martins

Estão abertas as inscrições para o 5º curso on-line Investigando o Gasto Público. Interessados têm até as 23h59 do dia 9 de fevereiro para preencherem o formulário de inscrições. Fundamentalmente prático, o treinamento ensina onde encontrar e como processar dados sobre os gastos públicos da União, começando no dia 19 de fevereiro.

Investigando o Gasto Público
Inscrições: Até dia 9/2 às 23h59, aqui
Início do curso: 19/2
http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=1091

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ditadura de quem?

A imprensa reage a sua própria podridão
Silmara Helena


Há algo de podre na imprensa. E ela reage violenta ao seu próprio odor. Virou lugar-comum as reclamações da imprensa sobre o cerceamento à sua liberdade. Quase que diariamente as empresas de comunicação por meio de cães de guarda posicionados em lugares estratégicos nas emissoras ou nos jornais se levantam contra setores da sociedade que, de forma legítima, questionam a forma como a mídia aborda e cobre os assuntos de interesse público.

Foi o que ocorreu na 1ª Confecom (Conferência Nacional de Comunicação) realizada em Brasília. Bastava mencionar a necessidade de controle social e participação da sociedade na definição de conteúdo para que os crachás do patronato e do grupo por ele selecionado fossem levantados a fim de inviabilizar a proposta.

Foi assim quando o governo federal apresentou o Plano Nacional de Direitos Humanos no qual exigia dos veículos mais respeito aos direitos humanos.

É assim há mais de 500 anos neste País, onde o monopólio da comunicação permanecesse intocável. Onde a Justiça às cegas suspende a obrigatoriedade do diploma do jornalista. E onde a Lei de Imprensa é revogada deixando cidadãos e cidadãs à mercê de uma mídia truculenta.

Esta mesma corja que gasta dinheiro com publicidade colocando a censura atrás das grandes é aquela que apoiou o golpe militar e cresceu às barbas da ditadura, ignorando o sangue dos torturados em seus porões.

A prática hipócrita se repete na região. Aqui, no Alto Tietê, não existem fontes, existem clientes. A informação é mercadoria. Precisa ser negociada. A diferença entre o herói e o bandido está apenas na quantidade de dinheiro depositada na conta bancária dos proprietários dos veículos. Daí origina-se a relação promíscua entre mídia e poder público.

E ai de quem ousar não entrar no jogo. E ai de quem questionar.

Não, a imprensa não pode ser questionada. Ela está acima da lei. Dá a última palavra, mas o ditador é sempre quem está do outro lado.

Um movimento silencioso, mas intenso e vigoroso, começa a mudar esta história. Este tipo de imprensa - medíocre, provinciana e atrasada -está com seus dias contados. Pensa que engana as pessoas, mas fala para si e seus asseclas, seus puxa-sacos.

A imprensa que esbraveja, que se revela autoritária, dona da verdade e defensora da escória do jornalismo, na verdade, reage violenta ao seu próprio odor. Sente o cheiro da sua podridão. São sepulcros caiados.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Propaganda via parabólica ajuda a popularizar Serra no Nordeste

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

Assim que confirmar o nome tucano para concorrer à Presidência em outubro (possivelmente o governador de São Paulo, José Serra), uma das principais missões do PSDB será popularizar o candidato fora das regiões Sul e Sudeste. Os números indicam que a tarefa não será fácil, em especial no Nordeste.

Segundo pesquisa Datafolha realizada em dezembro de 2009, o Nordeste é a única região onde a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), está a frente de Serra na corrida presidencial: 31% x 28%. Outro dado da pesquisa aponta que o governador paulista é conhecido por 93% dos brasileiros, mas, no Nordeste, esse índice cai para 88% (menor índice do país).

Para "encurtar" a distância entre Serra e os eleitores do Nordeste, a popularização das antenas parabólicas se tornou um canal de comunicação relevante entre o governo paulista, comandando por Serra, e os eleitores da região. É que algumas emissoras retransmitem não apenas os programas das emissoras "cabeças de rede" de São Paulo para o Nordeste, mas também os comerciais institucionais do governo estadual.

Em entrevista ao UOL Notícias, o governador de Alagoas (único tucano a liderar um Estado no Nordeste), Teotônio Vilela Filho, afirma que "a parabólica ajuda" a popularizar o presidenciável José Serra em uma região dominada por petistas e aliados. O governador acredita que as propagandas do governo de São Paulo retransmitidas na região ajudam a "divulgar o talento de Serra como gestor" aos nordestinos. "Ele está fazendo em São Paulo uma administração prodigiosa. Quanto mais pessoas souberem do talento que ele tem como homem público, mais popular e mais querido ele será como candidato a presidente", declarou.

As parabólicas se tornaram um fenômeno no interior nordestino por conta da falta de emissoras locais. O sinal da parabólica chega a 22% dos domicílios nordestinos, atingindo cerca de 3,5 milhões de famílias. Os dados são do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação, com dados de 2008.

Hoje, não é difícil ver um nordestino assistindo a programas e a comerciais que teoricamente deveriam passar apenas no Estado de São Paulo. Por tabela, em vez de as propagandas dos seus respectivos Estados, o nordestino vê o governo paulista tomar conta da grade da TV nos horários comerciais.

"Eu vejo sempre, mas nunca entendi porque passa comercial de lá aqui”, contou a dona-de-casa Maria Gonçalves, 41, moradora da zona rural de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Ao ser “lembrada” que Serra deverá ser candidato à Presidência, ela diz que “agora entende” as propagandas. “Acho então que ele está aproveitando. Passa muita propaganda que não é de nada aqui”.

"Parabólica ajuda", reconhece único governador do PSDB no Nordeste

Já em Paripueira, litoral Norte de Alagoas, as propagandas são até comemoradas por alguns eleitores de Serra. A dona-de-casa Silvania Lima dos Santos, 38, não esconde sua admiração pelo governador de São Paulo. Ela e o marido, José Carlos Barros, 48, nunca viram o pré-candidato tucano pessoalmente, mas dizem o conhecer bem pela televisão, principalmente porque o número de inserções teria aumentado nos últimos meses, segundo eles. "A gente vê pela TV o trabalho dele, e é por isso que se ele for mesmo candidato, nosso voto é dele", diz a dona-de-casa.

Já o marido, que morou no Estado governado por Serra, diz que São Paulo “evoluiu muito” nos últimos anos. "As propagandas mostram que São Paulo está mudada, diferente do que vi há dez anos – quando fui para lá e voltei endividado. Serra olha para os pobres. Dá vontade até de voltar para tentar ganhar a vida lá", completa José Carlos, que está desempregado há três anos.

Em Boca da Mata, a 68 km de Maceió, as parabólicas tomam conta do cenário da cidade. A maioria das casas possui uma antena parabólica, e todos os moradores ouvidos pelo UOL Notícias afirmaram conhecer José Serra. Na maioria dos casos, ligam a imagem dele aos comerciais e programas paulistas que passam na TV.

“Tem muito comercial de lá. Quem não sabe que ele é candidato de novo?”, questionou José Raimundo, 54, que confessa: votou em Serra em 2002, mas ajudou a reeleger Lula, nos dois turnos, em 2006.

Ele reclama da falta de opções para assistir programas alagoanos. “Eu queria mesmo era ver os programas daqui, mas não pega direito. Na última eleição, só assistimos aqui programas eleitorais lá de São Paulo. Nada do governo daqui”, lamentou Raimundo, assegurando que a falta opções locais dificulta a escolha de candidatos estaduais.

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