segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"MAIS UMA VEZ, A MÍDIA HEGEMÔNICA TORTURA DILMA"

Passados 19 dias desde a vitória de Dilma Rousseff sobre Serra, por uma vantagem de 12 milhões de votos, a oposição e seu dispositivo midiático não recolheram as garras um só minuto.
Cinco dias após o revés nas urnas, o candidato derrotado estava em Biarritz levando um 'por que no te callas', em resposta a tentativa de armar o palanque da oposição em território francês.
O jornalismo que lhe dá apoio irrestrito não deixa por menos e cumpre escancaradamente uma agenda de  terceiro turno. Dia sim, dia não, uma crise produzida e maquiada ganha as manchetes  da mídia conservadora  numa escalada  ao mesmo tempo sôfrega e frívola.
Não escapa ao observador mais criterioso que os temas são apenas um ornamento do estandarte antecipadamente empunhado. A intenção, clara, é minar a autoridade da Presidente eleita antes mesmo de sua posse.
Agora, o dispositivo midiático da oposição reedita o “pau-de-arara” e empenha-se em dar legitimidade 'jornalística' a um relatório produzido pela ditadura militar sobre a militância revolucionária de Dilma Rousseff nos anos 70.
O que se promove nessa espiral  é a reprodução simbólica das sessões de tortura perpetradas durante 22 dias seguidos contra uma jovem de 19 anos pelo regime de fato.
 É aberrante do ponto de vista do fazer jornalístico emprestar credibilidade ao que foi transcrito por um Estado terrorista, concedendo  força de prova ao que uma mulher declarou sob tortura.
 Ademais, é um agravo à ética jornalística que uma mídia comercial ainda atue como aliada do extinto regime ditatorial, ao tomar seus documentos como válidos e legais.
 Finalmente, constitui um escárnio em relação à história o fato de que a mesma mídia --os mesmos veículos--  que se esponjou em benefícios econômicos e políticos concedidos pela ditadura nunca ter demonstrado maior interesse em apurar e divulgar os crimes cometidos pelo regime. Todavia, empenha-se acintosamente em se associar novamenta à matéria pútrida urdida sob o regime do pau-de-arara para atacar a honra uma combatente da liberdade. 
 O enredo dessa trama está para o bom jornalismo, assim como o rio Tietê para a preservação do meio ambiente. A aposta em curso é a de que, uma vez Lula fora da cena política, não haverá força capaz de deter o trator oposicionista, cujas rodas em poucos meses pretendem  transitar por cima do cadáver político do novo governo.
A mídia progressista repudia firmemente essa campanha ardilosa e colocam-se em prontidão para denunciá-la em respeito ä vontade soberana do povo brasileiro.

ALTERCOM

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ou Dilma derruba o PIG ou o PIG a derruba

Franklin Martins propõe lei de regulamentação da mídia
Medida é necessária para garantir democratização da informação. Confira texto de Paulo Henrique Amorim


“Ministro (Franklin Martins) defende que Dilma regule mídia.”

Martins abriu o Seminário Internacional das Comunicações, que se realiza hoje e amanhã em Brasília, com especialistas internacionais.

Disse que, antes de entrar no Governo, Dilma receberá um anteprojeto que fixará um novo “marco regulatório” e tratará da “convergência de mídias.”

Quer dizer: fixar regras (flexíveis) para a batalha entre televisão, TV por assinatura, telefonia, internet, twitter, Google e Apple.

Ou seja, tudo o que a Globo menos quer.

A Globo quer que a Terra pare de girar em torno do Sol (ou o contrário, como propõem os adeptos da Marina, que não aceitam Darwin e, provavelmente, Galileu também).

O que a Globo quer é que fique tudo como está no Código de Radio-Difusão de 1962, do grande presidente João Goulart, quando não havia televisão.

A Globo não quer que o Congresso regulamente os artigos 220, 221 e 22 da Constituição que tratam da Comunicação.

A Globo tem um Senador biônico vitalício, Evandro Guimarães, que como tal é tratado no Senado da República.

Evandro deve estar aflitíssimo com essa Conferência do Franklin.

Um passarinho pousou na janela lá de casa e disse como será a Ley de Medios da Dilma.

Primeiro, ela gosta muito de soluções técnicas.

De engenharia de produção, eficazes, que põem o serviço para andar.

E isso se chama “banda larga de alta velocidade”, nas mãos do Rogerio Santana, presidente da Telebrás.

A Dilma vai fazer o que o Franklin Roosevelt fez.

Dar o salto tecnológico.

Quando Roosevelt foi eleito, 60% dos jornais americanos eram contra ele.

Ele precisava fazer o New Deal e salvar a economia americana da recessão.

O que ele fez ?

Deu o salto tecnológico.

Foi para a tecnologia “da frente”: o rádio.

Deixou o PiG impresso a vociferar e foi explicar ao eleitor americano as reformas econômicas através das “conversas ao pé da lareira”: no rádio.

A Globo e o PiG impresso no Brasil são irremediavelmente golpistas.

O ENEM, por exemplo.

É o terceiro turno do PiG.

O Golpe de Estado da Educação.

A tentativa de impedir que se abram as senzalas.

Qual o estilo da Dilma ?

Tecnologia na veia: banda larga universal, neutra e barata.

E bye-bye PiG forever.

O outro caminho quem deu foi o emérito professor Fábio Comparato.

É dele a idéia da ADIN por Omissão – clique aqui para ler “PSOL se une a trabalhadores e apóia ADIN do Comparato”.

Fazer o Congresso trabalhar, enfrentar o Senador Evandro e regulamentar os artigos da Constituição que abrem as portas da comunicação ao cidadão.

Se a Dilma não fizer a sua Ley de Medios, o PiG derruba ela.

Como quase derrubou o Lula – todo santo (com licença do Serra que vai ser beatificado) dia dos oito anos do mandato.

Só que a Dilma já sabe disso.

Qualquer duvida, basta ligar para o Comparato.

Ele explica.


Paulo Henrique Amorim

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